sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Abertas as Hostilidades

Caríssimos (e aparentemente inexistentes) leitores

Como já haveis de ter reparado, encontra-se à vossa esquerda um espaço dedicado às perguntas e/ou sugestões que possam surgir acerca do blog, dos autores, d'A Confraria, da natureza da Cerveja, da vida política nacional ou do que quer que vos passe pela cabeça.
Hoje, um leitor tomou a iniciativa, pegou em trinta segundos do seu tempo e expressou uma opinião que mudará com toda a certeza a identidade da cultura nacional (e quiçá deste blog!)


Como podeis constatar, uma pérola.
Comecemos então por tentar desmontar a complexidade óbvia da psique desta tão acutilante personagem, começando talvez pelo anonimato da pessoa (vamos ser simpáticos...) em questão. Uma intenção certamente nobre e uma rejeição de protagonismo louvável. Bravo, pessoa :)

Quanto à mensagem em si, até a nossa rudimentar compreensão com as cabeças cheias de gelado nos permite ver que é brilhante na sua simplicidade. Senão, contemplai a perspicácia com que a pessoa desce a um nível que seja acessível aos autores deste blog, a dignidade com que eufemisa a sua apreciação de valor, onde outros teriam dito "vocês são burros", a sapiência com que enfatiza a sua opinião com um solene "crl", a humildade de um lugar comum sobre a presunção arrogante de um insulto original.
Mas mais importante, o sentido de cidadania desta pessoa. Uma pessoa consciente, uma pessoa preocupada, uma pessoa que intervém, põe o dedo na ferida e diz Não!, Not on my watch! e, como se do próprio Batman se tratasse, vagueia nas trevas, nos ombros o peso de defender uma sociedade cada vez mais sujeita às garras da excentricidade (Cruzes credo, deus nos livre!).

Agora a sério, e como "no good deed goes unpunished", tentemos chamar o Anónimo à razão e convidá-lo, talvez, para beber uma Imperial. Um sítio seguro, onde podemos falar sem tabus e descobrir qual o tipo de psicose que leva alguém a cagar tão insossa posta de pescada e a cair de cu no ridículo por causa de um blog de que - vou dar uma de médium - não gostou.

Senhor, ou senhora, Anónimo/a, antes de mais estamos extremamente gratos por ter estreado o nosso espaço. Seria do nosso enorme agrado convidá-lo/a a beber uma Imperial cá com os confrades ou, caso prefira continuar na comodidade do buraco de frustrações que é, com grande probabilidade, a sua mente, encorajá-lo/a a partilhar o que é que tanto o/a desagradou no nosso espaço ou ideal, via comentário ou formspring que teremos todo o gosto em tornar a publicar.

Atenciosamente,
Miguel de Miguel - Grão-Mestre d'A Confraria da Cerveja

P.S. Aos leitores... vá lá, dêem sinal de vida, digam-nos o que acham do nosso/a querido/a estreante... Ah, e aquilo dos 30 segundos em cima... vocês sabem que eu estava a brincar, ninguém com tamanho atraso mental é capaz de escrever uma coisa com tantas palavras difíceis em menos de 5 minutos :)

P.P.S. Venho unir a minha voz ao protesto perante tão bem-humorada intervenção, digna duma crítica vinda do New York Post, bem estruturada, pertinente e mesmo com um nível literário que deixa antever um enorme potencial por parte desta insigne pessoa. Porém, sinto-me injuriado, dado que considero inadmissível alguém ousar acusar-me de comer gelado com a testa. Toda a gente sabe que essa é uma tarefa anatomicamente impossível, logo o acto de comer gelado com a nossa fronte não é mais do que uma vil calúnia, visto que tal significa que eu desperdiço gelado, atirando-me de cabeça violentamente contra um balde do dito cujo da, digamos, Baskin & Robbins (bem bons por sinal). E eu isso não admito, nem nunca admitirei... pois, vá, comer gelado com as mãos ou com os braços, ou mesmo comer gelado de certas partes do corpo doutras pessoas (nomeadamente do sexo feminino), ainda aceito... Agora com a testa ?! Com a minha testa?! Tenhamos dó, acredito piamente que os nossos leitores podem e vão fazer melhor do que isto... Já que precisam de nos insultar (o que compreendo perfeitamente, pois até eu por vezes tenho vontade de me injuriar), pelos menos façam-no de forma inteligente e compreensível.
Com carinho, João Gramaça

2 comentários:

  1. ai os meninos aprenderam a escrever tão bem ^^
    aposto que trajaram especialmente para escrever tais post's

    ResponderEliminar
  2. muito obrigado, sra. anónima.

    estou em crer que não se trata do mesmo anónimo que tão atenciosamente se nos dirigiu no present post. e não, não trajámos (pois não, confrade?), mas o espírito está sempre cá :D

    cumprimentos e larguras,
    Miguel de Miguel

    ResponderEliminar

Bebe connosco, amigo ou confrade.